Diadema andou para trás nos últimos oito anos. A administração de Lauro Michels abandonou a cidade e deixou a população desamparada. Foram muitos retrocessos em várias áreas de atuação pública, vários deles apontados durante as conversas com a população para elaboração do plano de governo participativo, o Diadema de Toda Gente. Se a saúde já estava ruim antes, com a pandemia a situação ficou ainda pior. Sobrou promessa e faltou ação por parte da prefeitura, o que fez o povo procurar atendimento nas cidades vizinhas.
1) Desmonte do Quarteirão da Saúde: os equipamentos estão sem manutenção ou obsoletos. Os exames de especialidades das mulheres ficam na fila de espera por anos nos hospitais estaduais e existe mais fila de espera no caminhão de campanha do governo do estado. O resultado é o aumento do número de mulheres com câncer e outras doenças ginecológicas. Além disso, depois de acabar com a fisioterapia do Quarteirão, o atual prefeito não fez a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, que foi prometida como parceria com o governo estadual.
2) Hospital Municipal está com problemas estruturais: falta de manutenção, leitos fechados e sem previsão de retorno, alguns andares abandonados e problemas com as empresas de limpeza, segurança, alimentação, lavanderia, ortopedia, radiologia, entre outros.
3) Cobertura insuficiente à Saúde Integral da Mulher, com demora para realizar e entregar os exames preventivos de papanicolau e mamografia. Além do abandono gradativo do atendimento com ginecologistas, passando somente para enfermeiras.
4) Abandono da manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos nas unidades de Saúde, com interrupção nos atendimentos. No PSC, os equipamentos estão deteriorados e obsoletos.
5) Problemas também nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): a retirada das farmácias, falta de investimento nas estruturas física dos CAPS – Leste, AD e Infantojuvenil (sem área externa, com dificuldade de realização de oficinas), redução das vagas no transporte dos usuários para garantir a continuidade dos tratamentos e falta capacidade de gestão na manutenção dos espaços.
6) Falta remédio: má gestão na aquisição e distribuição de insumos e medicamentos na rede de saúde.
7) Extinção dos Consultórios de Rua, que cuidavam e tratavam os usuários crônicos de drogas.
8) Abandono da construção da UPA Piraporinha 24 horas com projeto pronto e dinheiro na conta da Prefeitura. Resultado: população prejudicada. Principalmente agora com o coronavírus.
9) Redução no atendimento da UPA Paineiras 24 horas. Tinha capacidade para atender 300 pessoas por dia e foi descredenciada junto ao MS e virou um PA com atendimento reduzido.
Resumo da ópera: muita promessa e pouca ação. Cadê o hospital de campanha que nunca veio? Deve está sendo construído ao lado do novo Hospital Municipal. Seria cômico se não fosse trágico. Enquanto isso, o povo sofre sem médico, sem remédio e esperando meses na fila por um exame simples.