Descaso da prefeitura de Diadema com a cultura traz insegurança sobre Lei Aldir Blanc

ago 20, 2020

A aprovação da Lei Aldir Blanc no Congresso Nacional trouxe alívio para os trabalhadores da cultura, que viram suas oportunidades de trabalho reduzidas na quarentena imposta pelo coronavírus. Porém, os artistas locais dependem dos esforços das prefeituras para que a verba da lei chegue ao setor. E a situação da cultura em Diadema nos últimos anos traz insegurança para quem vive de arte na cidade.

É o que denuncia a cantora, artista periférica e brincante da cultura popular, Ana Cacimba, e o bailarino, diretor e produtor cultural, Renato Alves, artistas moradores de Diadema convidados do Trocando Ideia Com Filippi de quarta-feira (19), que debateu a Lei Aldir Blanc e a cultura em tempos de pandemia.

“O poder público nos últimos anos foi muito ausente com relação a cultura. A gente parece que mendiga atenção com relação a cultura”, reclama Renato. “Somos bombardeados o tempo inteiro nessa gestão, os artistas não tem vez”, completa Ana.

A Lei Aldir Blanc liberou uma verba emergencial de cerca de R$ 3 bilhões para a cultura em todo o País. Uma parte dessa verba será paga aos trabalhadores da cultura, por meio de uma renda mensal de R$ 600, por três meses. Outra parte da verba será administrada pelas prefeituras, que irão direcionar o dinheiro através de editais para as manifestações culturais nas cidades.

Em Diadema, a falta de diálogo da prefeitura com o setor dificulta o acesso dos trabalhadores da cultura às informações sobre esses editais. “Os trabalhadores da cultura foram atrás e se mobilizaram para se informar sobre a lei, e se não fosse isso, eles seriam relegados por causa do descaso da prefeitura”, conta Renato.

Assista a live completa da última quarta-feira, 19 de agosto: