O prefeito Filippi participou nesta segunda-feira (30) de sabatina promovida pelo canal ABC em OFF. Filippi apresentou propostas do seu programa de governo para áreas como saúde, educação e geração de emprego e destacou os projetos para o futuro de Diadema. Confira os principais trechos abaixo – para acompanhar a entrevista toda, clique aqui.
Quero fazer muito mais
Filippi lembrou que quando assumiu a prefeitura, a cidade vinha de uma gestão que por oito anos cuidou muito mal da cidade. Isso, aliado ao governo do ex-presidente Bolsonaro, que não atuou próximo das cidades, e com uma pandemia, fez com que a casa precisasse de muita arrumação. “A prefeitura estava sem saúde financeira. Sem crédito na praça. Sem reputação. Tinha sido despejada em cinco imóveis. Estava com dívidas de 2017. Nós colocamos a casa em ordem, não foi fácil, recuperamos o crédito, recuperamos a reputação da prefeitura e com a eleição do presidente Lula pudemos avançar”, afirmou.
Trabalho em equipe
Filippi afirmou que tudo o que foi feito na cidade, entrega de cinco creches, uma nova UPA, outra UPA em obras, três CAPS em fase final de obras, reativação da Central Integrada de Monitoramento, entre outras ações, foi fruto do trabalho da sua equipe. “E aí, desde o ano passado, a população já pôde perceber as coisas acontecendo com mais fluidez, a zeladoria mais em ordem, com recapes das ruas, a troca da iluminação, cuidado com os prédios públicos, 60 escolas que nós reformamos tudo de uma vez, as 20 UBSs (reformadas) e então partimos para programas mais estruturais.”
Projetos estruturantes
O prefeito destacou que projetos grandes não são realizados em um ou dois anos. E que por isso, a partir da chegada do presidente Lula à presidência, foi possível dar andamento a programas de habitação, ao programa Periferia Viva, que vai transformar os núcleos habitacionais Marilene e Gazuza, e o Minha Casa Minha Vida, para produção de unidades habitacionais.
“Um grande projeto na área de educação é o nosso CEU, nosso Quarteirão da Educação. Estamos agora com o apoio do presidente Lula acelerando para que a não só entregue, como também recheie esse equipamento. Vai ter cultura, vai ter esporte, não é simplesmente um prédio, é todo o desenvolvimento de ações que serão feitas ali dentro.”
Novo Hospital Municipal
Filippi afirmou que o principal projeto estruturante é o Novo Hospital Municipal. “O atual Hospital Municipal, no Piraporinha, é parte importante da rede de saúde, mas é um prédio que não oferece mais condições nenhuma do ponto de vista físico, da materialidade, do serviço, das instalações, para permitir um bom trabalho e um bom serviço para os cidadãos”, explicou.
O prefeito salientou que foram dois anos para escolher o local, fazer o projeto e conseguir os recursos. “Assinamos um convênio com o presidente Lula, perto de R$ 300 milhões, e esse é o projeto mais ousado e aquilo que eu tenho defendido para a população, pedindo o seu voto, pedindo o seu apoio, para o dia 6 de outubro para que a gente possa construir um equipamento para os próximos 50 anos para Diadema”.
Com relação ao local, Filippi lembrou que deixar o novo hospital em uma área central é garantir o fácil acesso para toda a cidade. O nosso hospital de Piraporinha fica a 300 metros da divisa de São Bernardo, longe do Eldorado, do Taboão, do Campanário, e o melhor local, portanto, é ali no paço, que vai atender de forma mais adequada ao cidadão de Diadema”.
Continuar aperfeiçoando os serviços
Filippi relatou que sua motivação para um novo mandato é continuar trabalhando pela população de Diadema, aperfeiçoando a saúde, desenvolvendo um bom trabalho na área de segurança, os projetos na área da educação e os projetos da área social. “E então é saúde, segurança, educação, habitação social, habitação para a população, o transporte coletivo, as ações da área da cultura, entretenimento, esporte,geração de emprego, a cidade gerando oportunidades, trazer um Instituto Federal para nossa cidade, que é outra parceria com o governo Lula”.
Geração de empregos
Quando o tema foi geração de empregos, Filippi explicou que Diadema já teve mais de 110 mil postos de trabalhos formais, número que era de 81 mil quando ele assumiu a prefeitura e que agora volta a se aproximar dos 100 mil, com 96 mil postos de trabalho formais ativos. “Diadema está com uma curva ascendente de geração de emprego, e é uma coisa fundamental para a gente superar os oito, dez anos de atraso que a cidade e o país tiveram no governo Temer e Bolsonaro”.
Filippi ressaltou, também, que tem acompanhado de perto a proposta do governo federal para a Nova Indústria do Brasil e que tem dialogado com o setor empresarial da cidade para que sejam potencializados os investimentos em inovação tecnológica, expansão das exportações e acesso ao crédito, por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
“Diadema tem mais empregos industriais do que Santo André, que é uma cidade que tem o dobro da população, porque Santo André já fez uma espécie de conversão das suas atividades econômicas e migrou muitas das ações de indústria para serviço e comércio. Diadema ainda não. E a cidade não pode perder essa característica de ser uma cidade industrial, por muitos motivos, inclusive porque o emprego na indústria é um emprego melhor, tem uma renda média maior, tem a participação nos lucros, e nós queremos incentivar as empresas”, declarou.
Filippi também defendeu o fortalecimento da educação profissionalizante, por meio da Fatec, do Instituto Federal, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da Etec (Escola Técnica Estadual) Juscelino Kubitschek de Oliveira. “Já estou em contato com a Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado para que a Etec de Diadema possa estar à altura da demanda dos jovens de Diadema”.
Telemedicina
Depois de reformar e recompor as equipes das 20 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), Filippi quer focar os esforços na informatização total da rede de atenção básica e na adoção da telemedicina. “A falta de médicos é hoje uma questão colocada em todas as cidades e não tem solução simples. Como vai colocar os médicos se não existem? No Bolsonaro era pior, não tinha o programa Mais médicos, que com o Lula voltou. Nós estamos com 40 médicos do Mais Médicos na nossa rede”.
Filippi defendeu a formação de médicos entre os filhos da classe trabalhadora, moradores da cidade, para a criação de vínculo e posterior atuação em suas cidades, como era o objetivo inicial do programa Mais Médicos, interrompido durante o governo Bolsonaro. “Colocar médicos na periferia, na atenção ao SUS é o grande desafio desta geração e dos próximos 10, 15 anos. E é o profissional mais caro, mais demorado para ser formado, por isso a deficiência, então nós queremos superar ou contrabalançar essa demanda e às vezes essa deficiência, essa necessidade de colocar esses profissionais, com a telemedicina. Já tem várias situações onde é possível você utilizar a tecnologia para suprir naquele momento, principalmente de consultas especializadas”.
Novas UPAs
Filippi vai terminar a atual gestão com duas novas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e pretende construir mais duas no próximo mandato. Ele lembrou que Diadema chegou a ter uma UPA, inaugurada em 2012, mas que foi fechada cerca de dois anos depois pelo ex-prefeito Lauro Michels. “A rede de urgência e emergência da cidade precisa de quatro UPAs, porque tem mais de 400 mil habitantes, e então a rede estará preparada de fato”.
Filas nas creches
Filippi afirmou que muitos candidatos prometem zerar a espera para creches, mas que esse é um desafio muito grande. “Quando assumi, tínhamos 3.200 crianças aguardando vagas em berçários e isso foi reduzido em 80%. A demanda por berçário é a maior e foi onde atuamos fortemente. O CEU de Diadema vai ter creche, vai ter educação em tempo integral, e com o apoio do presidente Lula vamos fazer mais creches”, relatou. Filippi entregou cinco novas creches e criou mais de 1.100 vagas de berçário em seu atual mandato.
Retrocesso
Filippi lembrou que praticamente toda a equipe que trabalhou com o ex-prefeito Lauro Michels está hoje com o ser principal oponente, segundo as pesquisas, Taka Yamauchi (MDB). “Dia 6 a cidade vai decidir o caminho a seguir, e por isso eu peço o voto e a confiança da população para a gente continuar esse trabalho, porque o outro time está com quem fechou a UPA.”